Guerra Israel-Hamas: os principais fatos desta sexta-feira

A Assembleia Geral da ONU aprovou, nesta sexta-feira, 27, com voto contra dos Estados Unidos, uma resolução não vinculante que pede uma "trégua humanitária imediata e duradoura" e o acesso sem entraves de ajuda para levar comida, bens e serviços essenciais à população civil da Faixa de Gaza. Com 120 votos a favor, 14 contra e 45 abstenções, a Assembleia da ONU aprovou o texto proposto pela Jordânia, no qual não nomeou nem o Hamas, nem Israel.

• A resolução aprovada na Assembleia Geral da ONU, pedindo uma "trégua humanitária imediata" em Gaza, foi qualificada de "infâmia" pelo representante de Israel, Gilad Erdan. "Hoje é um dia que passará para a infâmia. Todos temos testemunhado que a ONU não tem a menor legitimidade ou relevância", disse o diplomata israelense.

• O Hamas saudou a resolução da Assembleia Geral da ONU pedindo uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza, bombardeada sem trégua desde 7 de outubro or Israel, que qualificou a votação de "infâmia". "Nós saudamos a resolução da Assembleia Geral da ONU pedindo uma trégua humanitária imediata e pedimos sua implantação imediata a fim de permitir fornecer combustível e ajuda humanitária aos civis", reagiu, por meio de nota, o movimento islamista palestino, no poder na Faixa de Gaza.

Faixa de Gaza

• Tropas israelenses conduziram ataques direcionados dentro de Gaza em uma segunda incursão terrestre contra o Hamas, antes de se retirarem, disseram as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) em comunicado, conforme informações da CNN.
• O Exército israelense irá "ampliar suas operações terrestres" na noite desta na Faixa de Gaza, disse seu porta-voz, Daniel Hagari. O território palestino segue sob intenso bombardeio. "Após a série de ataques nos últimos dias, as forças terrestres ampliarão as suas operações terrestres esta noite", disse Hagari a repórteres. O anúncio veio depois de duas noites seguidas de incursões de tanques em Gaza.

O Brasil

• A empresa de telefonia Palestina Jawal informou que todas as comunicações com a Faixa de Gaza foram cortadas. A informação foi confirmada pela Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Palestina.
• O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que é “insanidade” do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, querer acabar com a Faixa de Gaza. O presidente defende o fim do poder de veto de membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para que a entidade assuma uma posição mais forte em relação ao conflito entre os israelenses e o grupo palestino Hamas, que controla a Faixa de Gaza.