Hamas afirma que está examinando propostas de cessar-fogo com Israel

Hamas afirma que está examinando propostas de cessar-fogo com Israel

Mais de 26,7 mil pessoas morreram em território palestino

AFP

Hamas afirma que está examinando propostas de cessar-fogo com Israel

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O Hamas afirmou nesta terça-feira que está "estudando" a proposta apresentada em Paris sobre um cessar-fogo na guerra entre Israel e o movimento islamista na Faixa de Gaza.

O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, "confirma que o movimento recebeu a proposta que foi apresentada na reunião (de Paris) e que (o Hamas) está estudando para dar uma resposta", afirma um comunicado publicado pelo grupo no Telegram.

O líder do Hamas afirmou ainda que qualquer acordo com Israel deve garantir o regresso às suas casas dos quase dois milhões de habitantes de Gaza que estão deslocados pela violência, a maioria deles na área de Rafah, na fronteira com o Egito. Além disso, Haniyeh exigiu um processo sério de troca de prisioneiros, depois que no acordo de trégua anterior, alcançado em novembro e que durou uma semana, o Hamas entregou 105 reféns em troca da libertação de 240 presos palestinos.

A proposta apresentada pelo Catar ao Hamas foi construída em negociações no domingo, 28, em uma reunião que contou com o diretor da CIA, Bill Burns, o chefe da agência de inteligência Mossad de Israel, David Barnea, o primeiro-ministro do Catar, Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, e o chefe da inteligência egípcia, Abbas Kamel. Na estrutura apresentada, o Hamas libertaria reféns idosos, mulheres e crianças, se algum ainda estiver detido e vivo, durante o período de pausa de seis semanas, disseram as autoridades, que concordaram em falar sob condição de anonimato ao The New York Times.

Algumas autoridades israelenses dizem que o número de reféns que se qualificariam para a primeira libertação é de 30 a 35, mas isso é uma estimativa e os negociadores não sabem o número real. Não está claro se as mulheres soldados seriam incluídas nos reféns libertados na parcela em discussão. Isso poderia ser resolvido em negociações de detalhes, se as negociações chegarem a esse ponto. Israel disse que 'lacunas significativas' permaneceram após as tratativas de domingo, mas as chamou de construtivas e disse que continuariam nesta semana.

A declaração do gabinete do primeiro-ministro israelense Binyamin Netanyahu não esclareceu quais eram as essas lacunas. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, afirmou na segunda-feira, 29 que vê uma esperança real para um eventual acordo e disse que essas discussões em Paris resultaram em uma boa proposta.

O Ministério de Saúde de Gaza afirmou nesta terça-feira (30) que pelo menos 26.751 pessoas morreram no território palestino governado pelo Hamas desde o início da guerra com Israel.

O balanço atualizado foi divulgado em um comunicado do ministério, que cita 65.636 pessoas feridas no conflito desde 7 de outubro.

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