Hamas diz que "cerca de 50 reféns" israelenses morreram nos bombardeios de Israel

Hamas diz que "cerca de 50 reféns" israelenses morreram nos bombardeios de Israel

Mensagem do braço armado do movimento palestino foi postada no Telegram

AFP

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O braço armado do movimento palestino Hamas anunciou, nesta quinta-feira (26), que "cerca de 50" reféns israelenses detidos na Faixa de Gaza morreram em consequência dos bombardeios israelenses desde o início da guerra deflagrada em 7 de outubro.

"As brigadas Al-Qassam estimam que o número de reféns sionistas que morreram na Faixa de Gaza como resultado dos bombardeios e dos massacres sionistas chegou a perto de 50", afirmou o movimento islâmico palestino. A mensagem foi postada no Telegram, mas a informação que ainda não pôde ser verificada por meio de uma fonte independente.

O movimento islamita palestino Hamas, que usa o termo "sionista" para designar os israelenses, havia indicado em 16 de outubro que 22 reféns morreram.

O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, revisou para cima o número de reféns identificados. 

"Informamos às famílias de 224 reféns" que seus familiares estavam detidos na Faixa de Gaza, explicou. Até então, as Forças Armadas israelenses haviam contabilizado 222 reféns.

"Este número evolui com base nas informações que obtemos. Continuará mudando. Os esforços para trazer de volta os reféns são uma prioridade absoluta", acrescentou o porta-voz à imprensa.

Segundo informações do governo israelense, que a AFP não conseguiu verificar com uma fonte independente, pelo menos metade dos reféns tem passaporte estrangeiro. 

O ataque promovido pelo Hamas em Israel em 7 de outubro deixou mais de 1.400 mortos, segundo as autoridades israelenses. 

Israel respondeu a esse ataque com uma campanha de bombardeios na Faixa de Gaza que, segundo o Hamas, já deixou mais de 7.000 mortos.

Ação terrestre

Nesta quinta, o Exército de Israel executou uma "operação seletiva" com tanques e infantaria durante a noite na Faixa de Gaza. A medida seria uma preparação para a incursão terrestre no território palestino controlado pelo Hamas.

A provável ofensiva preocupa a comunidade internacional, que teme um aumento dramático do número de vítimas civis no pequeno enclave, que tem 2,4 milhões de habitantes.

O ataque executado pelo movimento islamista Hamas em 7 de outubro, que desencadeou a guerra, deixou mais de 1.400 mortos em Israel, incluindo mais de 300 militares, segundo as autoridades israelenses. 

O Ministério da Saúde do Hamas anunciou que mais de 7.000 pessoas morreram nos ataques de represália israelenses na Faixa de Gaza, incluindo 2.913 crianças.

Durante a noite, o Exército fez "uma operação seletiva com tanques no norte da Faixa de Gaza, como parte dos preparativos para as próximas fases de combate", anunciou um comunicado militar.

"Os soldados deixaram a área ao final da atividade", acrescenta a nota.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quarta-feira (25) à noite que, em conjunto com os intensos bombardeios contra Gaza, "estamos preparando uma ofensiva terrestre".

Imagens de vídeo divulgadas pelo Exército mostram uma coluna de veículos blindados e escavadeiras que atravessam o que parece ser uma cerca de fronteira.

A AFP identificou o local como o sul da cidade israelense de Ashkelon, mas não conseguiu determinar a data de gravação do vídeo.

Outro vídeo parece mostrar um bombardeio aéreo e edifícios atacados com munições, com estilhaços voando ao lado de uma nuvem de fumaça.

Israel, que bombardeia a Faixa de Gaza de modo incessante, também submeteu o território a um "cerco total", o que priva seus moradores de água, alimentos e energia elétrica.

Imagens de satélite divulgadas nesta quinta-feira mostram a magnitude da destruição em Gaza, devastada pelas bombas.


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