Hamas reivindica disparos de foguete contra Israel após trégua
Porta-voz do Exército israelense, no entanto, não indicou se Israel responderá aos ataques
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O Exército hebreu, que aceitou a ampliação da trégua, havia comunicado três disparos de foguetes e tiros de morteiro a partir da Faixa de Gaza. "Os terroristas escolheram utilizar a janela humanitária em Gaza".
"Os terroristas escolheram utilizar a janela humanitária em Gaza" para atacar.
Antes do comunicado do Hamas assumindo os disparos de foguetes, um porta-voz do grupo no poder na Faixa de Gaza, Fawzi Barhum, alertou para a ausência de acordo "sobre uma extensão de quatro horas do cessar-fogo", mas sem rejeitar de forma clara uma ampliação da trégua.
A retomada da violência ocorre ao final de uma trégua humanitária na Faixa de Gaza, onde ao menos 1.000 palestinos, em sua grande maioria civis, morreram e outros 6.000 ficaram feridos desde o início da ofensiva israelense, no dia 8 de julho.
O Exército israelense perdeu 40 soldados, enquanto os foguetes lançados da Faixa de Gaza mataram três civis em Israel.
A porta-voz do Exército de Israel, Avital Leibovich, em sua conta no Twitter, que foguetes e morteiros foram disparados de Gaza contra o sul de Israel após o fim da trégua humanitária acertada com o Hamas.
Israel e o Hamas fizeram uma trégua humanitária de 12 horas, que teve início às 8h de, no horário local (2h, no horário de Brasília) e terminou às 20h (14h, no horário de Brasília). No começo da tarde, Israel havia decidido prorrogar o cessar-fogo temporário por mais quatro horas. O Hamas não se pronunciou sobre a extensão da trégua.
A porta-voz do Exército, no entanto, não indicou se Israel responderá aos ataques. Na última postagem de Avital nas redes sociais, depois de já ter anunciado dois ataques contra o país, ela interpreta que o Hamas não aceitou prorrogar a trégua humanitária. “Terceiro ataque de foguetes desde o cessar-fogo humanitário. Vou parar de contar agora. Obviamente, Hamas mandou sua mensagem violenta de mais terror para Israel”, escreveu.
O número de palestinos mortos desde o dia 8 de julho, quando começou a ofensiva, já passa de mil, entre eles 192 crianças. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 70% dos mortos são civis. Do lado israelense, 37 soldados morreram em combate, além de dois civis e um trabalhado rural tailandês, que foram atingidos por tiros de morteiro.