Hamas rejeita relatório da ONU sobre violência sexual em ataque de 7 de outubro

Hamas rejeita relatório da ONU sobre violência sexual em ataque de 7 de outubro

Grupo afirma que documento não apresenta testemunhos das violações

AFP

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O movimento islamista palestino Hamas afirmou nesta terça-feira (5) que "rejeita" e "lamenta" o relatório publicado pela ONU sobre os atos de violência sexual cometidos durante o ataque de 7 de outubro em Israel. As acusações sobre estupros e violências sexuais cometidas por membros do Hamas durante esse ataque são "falsas" e "infundadas", garantiu o movimento em um comunicado.

O relatório da representante especial da ONU sobre violência sexual em conflitos, Pramila Patten, "não documentou nenhum testemunho do que ela chama de vítimas destes casos", acrescentou Hamas. "Baseou-se em instituições israelenses, soldados e testemunhas, que foram eleitos pelas autoridades de ocupação para tentar demonstrar esta acusação falsa, que foi refutada por todas as investigações", enfatizou.

O relatório, publicado na segunda-feira, afirmou ter encontrado "motivos razoáveis para crer que houve violência sexual relacionada ao conflito" no dia 7 de outubro. Segundo o relatório, as agressões ocorreram em pelo menos três locais diferentes e "na maioria destes casos, as vítimas foram primeiro estupradas e depois assassinadas, e pelo menos duas delas referem-se a estupro de cadáveres de mulheres".

A ONU tem sido criticada por reagir muito lentamente às acusações de Israel de estupro e violência sexual cometidas por combatentes do Hamas durante o ataque de 7 de outubro e contra os reféns que tomou.

O ataque do Hamas causou cerca de 1.160 mortos em Israel, a maioria deles civis, segundo uma contagem da AFP baseada em cifras oficiais israelenses. A ofensiva de represália de Israel em Gaza matou pelo menos 30.631 pessoas, a maioria mulheres e crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, território palestino governado pelo Hamas. Os combatentes do movimento islamista fizeram cerca de 250 reféns, 130 dos quais permanecem em Gaza, incluindo 31 que se presume terem sido mortos, segundo Israel.


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