Holanda não garante encontrar todos os corpos do MH17
Gerard Bouman já discutiu a possibilidade com familiares das vítimas do avião que caiu na Ucrânia
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Bouman declarou que esta possibilidade havia sido discutida com os familiares das vítimas. Ele também disse não saber quantos corpos foram encontrados até o momento. "O que encontramos nos sacos enviados da Ucrânia (...) é indescritível, é realmente horrível", explicou. "Há fragmentos (humanos), grandes e pequenos. Alguns estão queimados", descreveu.
Um Boeing da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil em 17 de julho no leste da Ucrânia, com 298 pessoas a bordo, incluindo 28 australianos e 193 holandeses. O processo de identificação das vítimas deve acontecer na Holanda e durar vários meses. Ao todo, 228 caixões foram transportados de avião para a Holanda, mas, segundo Bouman, um caixão não corresponde necessariamente a uma vítima.
Dez dias após a tragédia, partes de corpos, destroços e pertences pessoais das vítimas ainda estão no local onde o avião caiu, em torno do qual combates entre as forças ucranianas e separatistas são cada vez mais intensos. Os rebeldes indicaram no domingo que tinham enviado às autoridades holandesas um trem no leste da Ucrânia contendo pertences pessoais das vítimas, mas o Ministério da Justiça negou a informação.
Policiais desarmados holandeses e australianos tentaram visitar o local da tragédia nesta segunda-feira, mas foram
obrigados a retornar por razões de segurança.