Hong Kong impõe penas de prisão a organizadores de vigílias da Praça da Paz Celestial

Hong Kong impõe penas de prisão a organizadores de vigílias da Praça da Paz Celestial

Três pessoas foram consideradas culpadas de não entregar vários documentos à polícia

AFP

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Um tribunal de Hong Kong condenou neste sábado a quatro meses e meio de prisão três organizadores das vigílias pelo massacre da Praça Tiananmen (Paz Celestial) de Pequim que aconteciam a cada ano nesta cidade semiautônoma da China.

Três líderes da Aliança de Hong Kong, a entidade que organizou que durante três décadas as vigílias, foram considerados culpados de não entregar vários documentos à polícia.

As autoridades haviam solicitados os arquivos as reuniões e documentos das contas bancárias da entidade, com base na suspeita de que o grupo era um "agente estrangeiro".

O juiz Peter Law afirmou que a segurança nacional é um tema de vital importância e que a sentença deveria ser "punitiva e suficientemente dissuasiva".

Uma dos condenadas, Chow Hang-tung, julgada ao lado de Tang Ngok-kwan e Tsui Hon-kwong, disse ao tribunal que "quando o exercício do poder é baseado em mentiras, a insubordinação é a única maneira de ser humano".

"Sabemos que não somos um agente estrangeiro e nada surgiu durante este longo ano de calvário para provar o contrário", acrescentou.

Com base na lei de segurança nacional, imposta por Pequim após as grandes manifestações pró-democracia de 2019, a polícia pode solicitar um amplo catálogo de informações a qualquer pessoa ou grupo classificado como "agente do exterior" em Hong Kong.

Os promotores não anunciaram durante o julgamento para que entidade estrangeira a Aliança trabalharia.

Tang e Tsui estão em liberdade provisória até o julgamento dos recursos, mas Chow permanecerá detida à espera de outro julgamento por um caso distinto.

Durante mais de três décadas, a Aliança de Hong Kong organizou anualmente vigílias em memória das vítimas da violenta repressão das manifestações pró-democracia que aconteceram na Praça Tiananmen de Pequim em 4 de junho de 1989.


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