Hospital de Gaza interrompe serviço por ataque do Exército israelense, diz diretor

Hospital de Gaza interrompe serviço por ataque do Exército israelense, diz diretor

Segundo Fadel Naim, tropas israelenses atacaram o hospital, prenderam médicos, profissionais de saúde e pacientes, além de destruírem uma parte do edifício

AFP

Hospitais em Gaza têm sofrido com bombardeios israelenses desde o início do conflito

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O hospital Al Ahli, um dos últimos centros médicos em operação no norte da Faixa de Gaza, ficou fora de serviço nesta terça-feira (19) após um ataque do Exército israelense, afirmou seu diretor. Fadel Naim disse à AFP que as tropas israelenses atacaram o hospital, prenderam médicos, profissionais de saúde e pacientes, além de destruírem uma parte do edifício.

Um ataque israelense deixou o hospital 'fora de serviço', denunciou o diretor. 'Não podemos receber nem pacientes nem feridos'.Pelo menos quatro pessoas, feridas pela ofensiva israelense na segunda-feira enquanto estavam dentro do hospital, morreram nesta terça-feira, indicou o médico.

O centro, conhecido como Ahli Arab ou Hospital Batista, sofreu danos importantes após uma explosão no estacionamento em 17 de outubro que deixou dezenas de mortos, segundo o movimento islamista palestino Hamas, que governa Gaza.

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O Hamas atribuiu a explosão a um bombardeio de Israel, que negou a acusação e disse que tem 'provas' de que o incidente ocorreu por um foguete defeituoso lançado pelo grupo palestino Jihad Islâmica. Os hospitais em Gaza, que segundo o direito internacional têm direito à proteção especial devido ao conflito, têm sido alvo de ataques israelenses reiterados, desde o início da guerra entre Israel e o grupo islamista em 7 de outubro.

O conflito começou depois que combatentes do movimento islamista palestino lançaram um sangrento ataque sem precedentes em território israelense, que deixou cerca de 1.140 mortos, a maioria civis, segundo as autoridades de Israel.

Em resposta, Israel prometeu 'aniquilar' o Hamas e lançou uma ofensiva em Gaza que já deixou 19.667 mortos, segundo o grupo islamista. Israel enfrenta uma crescente pressão internacional pelo número de civis mortos e a destruição de hospitais em Gaza.


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