Hungria aprova leis anti-imigração de emergência

Hungria aprova leis anti-imigração de emergência

Medidas incluem três anos de prisão para quem passar pela barreira de arame na fronteira com a Sérvia

AFP

Mais de 1 mil migrantes deixaram a principal estação de trens de Budapeste e pretendem ir até a Áustria

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O Parlamento húngaro aprovou nesta sexta-feira de forma urgente novas leis anti-imigração em resposta à grande chegada de refugiados e imigrantes que passam pelo país para chegar à Europa Ocidental. As novas medidas incluem três anos de prisão para as pessoas que passarem pela barreira de arame construída recentemente na fronteira com a Sérvia e a possibilidade de recorrer ao exército nas fronteiras.

Hoje, cerca de 300 migrantes fugiram de um abrigo húngaro em Roszke, o que levou as autoridades a fechar parcialmente um ponto de passagem na fronteira com a vizinha Sérvia, informou a polícia. O campo de Roszke acolhe cerca de 1,5 mil pessoas, em sua maioria detidos depois de cruzar a fronteira sérvio-húngara, que, por sua vez, é um dos principais eixos de trânsito na Europa central. Os migrantes que chegam a Roszke são registrados antes de serem reenviados para outras estruturas de abrigo.

Mais de 1 mil migrantes saíram a pé nesta sexta-feira da principal estação de trens de Budapeste e pretendem seguir até a Áustria, depois que as autoridades húngaras suspenderam na terça-feira as viagens ferroviárias internacionais. Eles afirmam que pretendem caminhar até a fronteira austríaca, que fica a uma distância de 175 km.

Budapeste tentou em várias oportunidades transferir os migrantes à força para campos de refugiados. A Hungria, um dos principais países de trânsito na Europa central, recebeu mais 3,3 mil migrantes na quinta-feira, anunciou nesta sexta-feira o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.

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