Igreja ortodoxa búlgara pede que governo impeça migrantes de entrar no país

Igreja ortodoxa búlgara pede que governo impeça migrantes de entrar no país

Comunicado disse que "onda de refugiados tem perfil de invasão"

AFP

Igreja ortodoxa búlgara pede que governo impeça migrantes de entrar no país

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A Igreja cristã ortodoxa búlgara, à qual pertence mais de 80% da população do país, pediu ao governo que "em nenhum caso" permita que mais migrantes entrem no país. "Nós ajudamos os refugiados que chegaram em nosso país, mas o governo não deve, em hipótese alguma, deixar entrar mais refugiados", indica o Santo Sínodo, o corpo governante da Igreja, em um comunicado em seu site. "Esta é uma onda que tem perfis de invasão", diz ele.

Por sua vez, o primeiro-ministro conservador Boiko Borissov declarou na sexta-feira estar "preocupado" ante um eventual fluxo maciço de migrantes nos próximos meses. "Tenho medo e as pessoas búlgaras têm medo, não apenas em termos de religião. Somos cristãos, eles são muçulmanos", disse.

O principal fluxo de migrantes que chega na Grécia e, em seguida, se dirige via Macedônia e Grécia para a Europa Ocidental não passa pela Bulgária, um país no centro dos Balcãs. No entanto, é um país de trânsito para os sírios, afegãos e iraquianos que querem ir da Turquia para a Europa Ocidental.

A Bulgária é o país da UE com a maior percentagem de muçulmanos (13%), incluindo turcos e búlgaros islamizados durante o domínio otomano (do século XIX ao XIV). Apesar da desconfiança da opinião pública contra as minorias, nenhuma grande tensão ocorreu desde o fim do comunismo, em 1989.

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