Impacto econômico do plano dos EUA contra mudança climática preocupa britânicos
Texto consta em uma carta enviada a Washington
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O governo britânico manifestou sua preocupação com as possíveis consequências dos subsídios previstos no plano dos Estados Unidos contra a mudança climática, especialmente para seus fabricantes de veículos elétricos. O texto consta em uma carta enviada a Washington e publicada pela imprensa local nesta sexta-feira (23).
O plano americano pode "prejudicar várias economias ao redor do mundo e ter um impacto nas cadeias globais de fornecimento de baterias, veículos elétricos e energias renováveis em um sentido amplo", diz a carta, publicada pelos jornais Financial Times e The Times.
O projeto "também compromete" os "objetivos comuns de promover um comércio livre e justo em escala internacional", disse a ministra britânica do Comércio, Kemi Badenoch, na carta, dirigida à representante de comércio dos Estados Unidos (USTR, na sigla em inglês), Katherine Tai, à qual pede "esclarecimentos".
A AFP tentou contato com o Ministério britânico do Comércio, sem sucesso.
Em meados de dezembro, a União Europeia (UE) também manifestou, na Organização Mundial do Comércio (OMC), sua preocupação em relação a esses subsídios.
A UE está preocupada com o possível impacto da Lei de Redução da Inflação (IRA, na sigla em inglês), um plano do presidente americano, Joe Biden, financiado com US$ 420 bilhões e dedicado à proteção contra a mudança climática. Foi aprovado no verão passado (inverno no Brasil).
O plano pede reformas e subsídios para impulsionar as empresas radicadas nos EUA, especialmente nos setores de veículos elétricos e de energia renovável.
Washington quis tranquilizar os europeus e se declarou aberto a eventuais "ajustes".