Incêndio criminoso em bar deixa 25 mortos no México

Incêndio criminoso em bar deixa 25 mortos no México

Ataque estaria relacionado a disputas entre grupos de crime organizado

AFP

Cidade sofre com violência e conflitos consequentes do narcotráfico

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Homens armados atacaram na terça-feira à noite um bar na cidade de Coatzacoalcos, no leste do México, e provocaram um incêndio que deixou pelo menos 25 mortos e 11 pessoas gravemente feridas. O ataque estaria relacionado a disputas entre grupos do crime organizado e está sendo investigado, informou o Ministério Público.

Coatzacoalcos é um dos focos da violência provocada pelo narcotráfico no país. O presidente Andrés Manuel López Obrador condenou o "ataque desumano" e acrescentou que as autoridades federais o investigariam como produto de um possível conflito entre o promotor do estado de Veracruz, que cobre Coatzacoalcos, e o crime organizado.

Os agressores invadiram o bar "Caballo Blanco" e abriram fogo contra os presentes. Sobreviventes afirmaram à AFP que foi um atentado executado por oito homens armados, que invadiram o bar com galões de gasolina. Eles espalharam o combustível no local e atearam fogo.

O governador de Veracruz, Cuitláhuac García, disse no Twitter que as indicações desse "crime deplorável" levam a crer que um dos autores do massacre já havia sido preso em julho passado e libertado 48 horas depois pela promotoria local.

López Obrador confirmou a informação de que alguns possíveis autores haviam sido presos e libertados, e garantiu que seu governo investigará tanto o ataque quanto o suposto vínculo entre o Ministério Público e os grupos criminosos.

Veracruz é uma das regiões mais violentas do país por sua localização geográfica no Golfo de México, uma das áreas mais usadas pelos narcotraficantes para o transporte de drogas aos Estados Unidos e cenário de extorsões e sequestros de migrantes.

O México foi atingido por uma onda de violência desde que declarou guerra às drogas e mobilizou o exército para combater seus poderosos cartéis em 2006. Desde então, mais de 250 mil pessoas foram mortas, incluindo um recorde de 33.753 no ano passado.


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