Indonésia adia execução de australianos e medida pode beneficiar brasileiro
Promotoria responsável por supervisionar execuções não confirmou nem desmentiu as declarações da vice-presidência
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Com a suspensão, poucos dias antes da transferência prevista dos australianos, condenados à morte em 2006 por narcotráfico, para uma penitenciária de segurança máxima onde seriam executados, Jacarta parece ceder às pressões diplomáticas da Austrália, contrária à pena capital.
O ministério das Relações Exteriores da Indonésia havia informado que as execuções dos estrangeiros, que tiveram os pedidos de clemência rejeitados pela presidência, aconteceriam em fevereiro. O porta-voz da promotoria responsável por supervisionar as execuções, Tony Spontana, não confirmou nem desmentiu as declarações da vice-presidência, mas insistiu na aplicação da pena capital.
A imprensa afirma que entre os próximos estrangeiros que serão executados estão cidadãos do Brasil, França, Gana e Nigéria. As autoridades indonésias não confirmaram as nacionalidades dos condenados à morte. O ministério das Relações Exteriores do Brasil informou no fim de janeiro que tentaria esgotar todas as possibilidades de comutação da pena de Rodrigo Gularte, de 42 anos e condenado à morte em 2005 por tráfico de drogas.
No dia 18 de janeiro, a Indonésia executou um cidadão do país e cinco estrangeiros, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, um holandês, um vietnamita, um malauiano e um nigeriano. As primeiras execuções no país desde 2013 provocaram uma onda de indignação internacional.