IPCC pede fim de gás estufa até 2100

IPCC pede fim de gás estufa até 2100

Segundo os especialistas, a influência humana é clara e crescente, com impactos observado em todos os continentes

Fernanda Pugliero

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A concentração de gases estufa na atmosfera alcançou o nível mais elevado dos últimos 800 mil anos. A temperatura média da superfície terrestre aumentou 0,85°C entre 1880 e 2012; a da superfície oceânica, 0,11°C por década no período de 1971 a 2010. Essas são algumas das conclusões anunciadas no relatório síntese divulgado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) no domingo, em Copenhague, Dinamarca.

Segundo os especialistas, a influência humana no sistema climático é clara e crescente, com impactos observado em todos os continentes. Se não for controlada, a mudança climática aumentará a probabilidade de impactos graves, difusos e irreversíveis para as pessoas e os ecossistemas em todo o planeta.

Há, no entanto, opções evitar alterações mais bruscas. Os cientistas sugerem que as emissões de gases estufas baixem de 40% a 70% entre os anos de 2010 e 2050, caindo para zero até 2100. Com isso, a elevação da temperatura média global poderia ficar abaixo dos 2ºC. “Nós temos os meios para limitar as alterações climáticas”, afirmou R. K. Pachauri, presidente do IPCC. “Temos pouco tempo antes que a janela de oportunidade para ficarmos dentro de 2ºC de aquecimento se feche. A escolha está em nossas mãos.”

O relatório de síntese destila e integra os resultados do Quinto Relatório de Avaliação do IPCC, produzido por mais de 800 cientistas ao longo dos últimos 13 meses e é considerada a mais abrangente avaliação sobre as mudanças climáticas já realizada.

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