Irã tem mais de cem novos casos de intoxicação de meninas em escolas

Irã tem mais de cem novos casos de intoxicação de meninas em escolas

Spray teria sido usado em uma instituição de ensino médio de Tehransar

AFP

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Mais de cem meninas foram intoxicadas por gás nesta quarta-feira(1º) em escolas do Irã, após uma série de casos similares desde novembro que comovem o país, segundo a imprensa local. Alunas de sete escolas na cidade de Ardabil (norte) foram intoxicadas por gases e 108 pessoas foram hospitalizadas, indicou o diretor de um centro médico à agência de notícias Tasnim. O estado geral das estudantes evolui favoravelmente

Os meios de comunicação também reportaram novos casos de intoxicação em ao menos três estabelecimentos em Teerã. Em uma escola de ensino médio em Tehransar, a oeste da capital, as estudantes foram "intoxicadas por uma espécie de spray", indicou a agência de notícias Fars, citando pais de alunas.

Segundo estimativas da porta-voz da comissão parlamentar de saúde, Zahra Sheikhi, cerca de 800 estudantes foram afetadas desde os primeiros casos de envenenamento por via respiratória no final de novembro na cidade santa de Qom e outras 400 em Borujerd (oeste). Os resultados dos exames, facilitados pelo Ministério da Saúde e citados por um deputado, indicam que a substância tóxica utilizada em Qom era composta principalmente por gases a base de nitrogênio, utilizados na indústria ou como fertilizantes agrícolas.

O presidente iraniano Ebrahim Raissi encarregou nesta quarta-feira o ministro do Interior, Ahmad Vahidi, de "acompanhar o caso" e "informar" o público sobre a investigação para "dissipar as preocupações das famílias", segundo o site da Presidência.

Durante a tarde, Vahidi declarou à imprensa que as autoridades continuam investigando "possíveis responsáveis" pelas intoxicações, mas que ninguém havia sido preso. "Até agora, não temos um relatório definitivo que confirme que uma substância específica de natureza tóxica foi utilizada" para envenenar as estudantes, afirmou.

O Ministério da Saúde explicou no domingo que, com esses atos, "alguns indivíduos" tentavam fazer "com que todas as escolas, particularmente as femininas, fechassem".


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