Israel afirma que dois cidadãos estão sequestrados em Gaza
Ministério da Defesa acusou o Hamas de manter um deles em cativeiro
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De acordo com o ministério, Mengistu entrou no território palestino controlado pelo movimento islamita Hamas em 7 de setembro de 2014, pouco depois do fim da guerra de 50 dias entre Israel e o Hamas. "Israel apelou a interlocutores internacionais e regionais para exigir a libertação imediata e verificar seu estado de saúde", afirma o comunicado.
O caso havia sido mantido em sigilo por uma ordem de censura militar israelense, que foi suspensa nesta quinta-feira por um juiz da cidade de Ashkelon (sul de Israel), onde Mengistu morava, informou a imprensa. De acordo com a imprensa local, as informações sobre o árabe-israelense não identificado permanecem sob censura.
As autoridades teriam decidido autorizar a divulgação da notícia com a esperança de estimular negociações de libertação.
Uma fonte do movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, disse que "nenhuma negociação foi iniciada oficialmente" com os israelenses, sem confirmar ou desmentir as detenções. Mas, advertiu, "nada é gratuito: antes de qualquer discussão, o Hamas exigirá a libertação de todos os prisioneiros liberados na troca do soldado Gilad Shalit e novamente detidos".
Em 2006, militantes de Gaza sequestraram o soldado israelense Gilad Shalit, que permaneceu em cativeiro por cinco anos, antes de ser libertado em troca da liberação de mais de 1 mil prisioneiros palestinos. Desde então, dezenas destes palestinos foram detidos novamente pelas autoridades israelenses e alguns deles foram condenados à prisão perpétua.
Israel e Hamas anunciaram recentemente a retomada de "contatos indiretos" para tentar alcançar uma trégua de longa duração em troca da flexibilização do bloqueio israelense sobre Gaza, imposto após o sequestro de Shalit.