Israelense reunido com mulher e filhas sequestradas tem "alegria incompleta"

Israelense reunido com mulher e filhas sequestradas tem "alegria incompleta"

Esposa e duas filhas de Yoni Asher foram libertadas pelo Hamas

AFP

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Yoni Asher está "contente" por ter se reencontrado com a esposa e as duas filhas, libertadas pelo movimento islamista Hamas, mas não quer fazer "uma festa" pelo retorno delas até que todos os reféns voltem para suas casas. No primeiro dia de uma trégua temporária na Faixa de Gaza, o Hamas entregou 13 reféns israelenses, elevando para 29 o número de libertados do total de 240 pessoas sequestradas no ataque de 7 de outubro que desencadeou a atual guerra.

Naquele dia, Asher ficou em sua casa no norte de Tel Aviv enquanto sua esposa Doron Asher Katz, de 34 anos, visitava sua mãe no kibutz de Nir Oz com as filhas de dois e quatro anos.

Os combatentes do Hamas atacaram essa localidade, sequestraram sua esposa e filhas e assassinaram sua sogra, Efrat Katz, de 69 anos. "Sentir alegria é permitido e é permitido derramar algumas lágrimas. É humano", declarou Asher em um vídeo divulgado por uma organização de famílias de reféns nesta sexta-feira. "Mas não estou fazendo nenhuma festa, não farei festa até que os últimos reféns voltem para suas casas", acrescentou.

"Quero enfatizar que nossas crianças, nossos pais, nossas mães, nossas irmãs estão atualmente detidos como reféns, há pessoas com o coração despedaçado neste momento e quero garantir que cada refém volte para casa", acrescentou. Na verdade, o irmão de sua esposa, Ravid Katz, e o namorado da sogra, Gadi Moses, que também foram sequestrados, continuam em Gaza. "Estou determinado a ajudar minha família a se recuperar deste trauma terrível (...) que passamos", afirmou Asher. "Ainda enfrentarei dias difíceis", acrescentou.

O acordo de quatro dias de trégua entre Israel e o Hamas contempla a troca de 50 reféns mantidos em Gaza por 150 palestinos presos em Israel. Nesta sexta-feira, 39 mulheres e crianças palestinas foram libertadas das prisões israelenses. Além deste acordo, dez tailandeses e um filipino também mantidos pelo Hamas obtiveram a liberdade, disse o Catar, que mediou essas negociações junto com Egito e Estados Unidos.


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