Japoneses detêm vazamento radioativo na usina nuclear de Fukushima
Rachadura na parede de fosso dos reatores liberava água contaminada por radiação no Oceano Pacífico
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A Tepco precisou de várias tentativas para reparar os danos à parede do fosso, utilizando cimento e, depois, uma mistura de polímeros, papel de jornal e pó de serra. Durante a terça-feira, decidiram fazer perfurações em pontos mais altos para seguir os fluxos de água e injetar cristal solúvel (silicato de sódio) no solo. Essa solução, finalmente, permitiu deter o vazamento de água.
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Fukushima sofreu graves danos estruturais após o terremoto de magnitude 9, seguido de tsunami, que atingiu o Japão em 11 de março. O reator elétrico da usina foi desligado pelos abalos, o que interrompeu o funcionamento do sistema de refrigeração da planta nuclear. Sem água para resfriá-los, os núcleos atômicos superaqueceram e geraram explosões, causando incêndios e grande vazamento de partículas radioativas na área.
Nas últimas semanas, a Tepco conseguiu religar a eletricidade na área e acionou as bombas de refrigeração. A estrutura, de Fukushima, porém, ficou comprometida e os engenheiros ainda enfrentam desafios para deter de forma permanente a fuga de radiação, para eliminar o risco de uma tragédia nuclear. Após estabilizar os núcleos atômicos, Fukushima será desativada e a área isolada por décadas.