Jihadista "decepcionado" entrega lista com nomes de 22 mil membros do EI
Relação identifica recrutas por grupo sanguíneo e pode ter efeito devastador para organização
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Esta informação, que segundo os especialistas pode ter efeitos devastadores para o grupo que controla amplas faixas da Síria e do Iraque e que reivindica atentados letais na África e nos países ocidentais, estão contidas em um dispositivo USB que teria sido roubado do chefe da polícia interna da organização jihadista.
A documentação é composta por formulários de adesão ao EI, com dados de milicianos de 51 países. "A Sky News informou as autoridades sobre o material obtido", escreveu o canal em seu site na noite de quarta-feira. Nenhuma instância governamental britânica havia feito até a manhã desta quinta-feira comentários a respeito.
Identificação por grupo sanguíneo
Um ex-chefe da luta antiterrorista nos serviços de inteligência britânicos, Richard Barrett, afirmou no Twitter que as listas constituem "uma fonte de valor inestimável". O material conteria informações sobre numerosos jihadistas ainda não identificados no Norte da Europa, Estados Unidos, Canadá, África e Oriente Médio.
A Sky News reproduziu estes formulários de 23 perguntas, que permitem identificar os recrutas por grupo sanguíneo ou pelo nome de solteira de suas mães e que levam anotações sobre o "nível de compreensão da sharia" (a lei islâmica) dos membros do EI. "Isso pode representar um avanço colossal na luta contra o EI", afirmou o diretor-geral do International Protect and Prepare Security Office, Chris Phillips.
A entrega do material "demonstra a que ponto o EI é vulnerável aos seus membros que se voltam contra ele", disse o especialista. Nas listas também aparecem muitos jihadistas que já estavam fichados pelos serviços britânicos, como Abdel-Majed Abdel Bary, um ex-rapper do oeste de Londres que após seu alistamento no EI publicou no Twitter uma foto sua com a cabeça de uma pessoa decapitada na mão.