Jihadistas executam e crucificam jovem na Síria

Jihadistas executam e crucificam jovem na Síria

Morte aconteceu após protestos de moradores locais contra grupo ultra-radical

AFP

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Os combatentes do grupo ultra-radical Estado Islâmico (EI) executaram nesta sexta-feira um jovem em uma cidade no
leste da Síria, após uma rara manifestação que reuniu centenas de pessoas exigindo a saída do grupo jihadista, informou uma ONG síria.

A cidade de al-Ashara, localizada na província de Deir Ezzor, em grande parte controlada pelo EI, foi atingida na quinta-feira pelos bombardeios do exército sírio, informou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Os ataques aéreos tinham como alvo os jihadistas, mas mataram oito civis, incluindo duas crianças, irritando os moradores que se
reuniam à noite em frente à sede do EI para exigir a saída do grupo da cidade, informou o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman.

Em resposta a este protesto, os combatentes do EI abriram fogo e detiveram vários manifestantes jovens, de acordo com o OSDH e ativistas. Nesta sexta-feira, um deles foi executado e crucificado em público pelos jihadistas, que o acusaram de "heresia e apostasia", relatou o OSDH. Os jihadistas "o executaram publicamente para aterrorizar a população e desencorajar qualquer ação contra eles", disse Abdel Rahman, afirmando que o menino "não tinha nada a ver" com o acontecido.

O OSDH denuncia a campanha da Força Aérea síria nas últimas semanas visando cidades controladas pelos jihadistas no norte e no leste da Síria, e que, de acordo com a organização, fizeram muitas vítimas civis. A manifestação de quinta-feira "começou com o funeral das vítimas (dos ataques aéreos)", explicou Rayan al-Furati, um ativista em Deir Ezzor. A multidão "começou a protestar, exigindo que o EI se retirasse de al-Ashara", relatou, garantindo que os métodos ultrarradicais do grupo são extremamente impopulares na cidade. No entanto, o terror desencoraja as pessoas a tomar qualquer ação contra esses jihadistas, acrescentou. "Não passa um dia sem uma execução na província de Deir Ezzor", disse o ativista, falando sob um pseudônimo. O EI proclamou um "califado" em junho nos territórios que controla no Iraque e na Síria.

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