John Kerry chega à Rússia para se reunir com Putin
Esta é primeira visita do chefe da diplomacia americana desde início do conflito na Ucrânia
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Kerry se reunirá com o chefe de Estado russo numa época em que a Ucrânia passa por um "momento crítico" para cumprir com as próximas etapas do cessar-fogo em vigor desde fevereiro, afirmou uma fonte do Departamento de Estado. Esta é a primeira visita do chefe da diplomacia americana à Rússia desde o início do conflito na Ucrânia.
Kerry chegou nesta manhã às margens do mar Negro na companhia de seu colega russo, Serguei Lavrov, e depositou uma coroa de flores em um memorial pelos soldados soviéticos mortos durante a Segunda Guerra Mundial.
Ambos se dirigiram posteriormente a um hotel do centro de Sochi, onde tiveram uma reunião cujo conteúdo não foi divulgado. Kerry, que na semana passada teve um encontro com o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif, informará Putin sobre as conversações relacionadas ao acordo definitivo para o programa nuclear iraniano, que deve ser concretizado até 30 de junho. As negociações serão retomadas nesta terça-feira em Viena.
"É importante, agora que começou a contagem regressiva, que estejamos todos na mesma linha. É o meio mais eficaz para chegar a um acordo", declarou a fonte do Departamento de Estado. A guerra na Síria, onde forças rebeldes apoiadas pelos Estados Unidos lutam contra as tropas do governo de Bashar al-Assad, aliado da Rússia, também está entre os temas da reunião, assim como a violência na Líbia e a ameaça representada pelo grupo jihadista Estado Islâmico.
As relações entre Moscou e Washington se deterioraram depois da anexação da Crimeia pela Rússia e após o início do conflito no leste da Ucrânia entre o governo de Kiev e os separatistas pró-russos. No entanto, um ano depois há sinais de que as relações entre Rússia e o Ocidente podem melhorar.
O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, considerou nesta terça-feira que a visita de Kerry é muito positiva, confirmando às agências de notícias russas que as negociações abordarão os problemas internacionais mais urgentes. "Esperamos que esta visita ajude na normalização das relações bilaterais, das quais a estabilidade mundial depende em grande medida", declarou, por sua vez, o ministério das Relações Exteriores russo.
