Jordânia cancela encontro com Biden após bombardeio de hospital em Gaza

Jordânia cancela encontro com Biden após bombardeio de hospital em Gaza

Cúpula será realizada "quando tiver sido tomada a decisão de parar a guerra e pôr fim a estes massacres", disse o ministro jordaniano das Relações Exteriores, Ayman Safadi

AFP

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Jordânia, Ayman Safadi (à esquerda), participa numa reunião extraordinária da Liga Árabe no Cairo, a 11 de outubro de 2023

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A Jordânia anunciou, nesta terça-feira, 17, o cancelamento de uma cúpula da qual o presidente americano, Joe Biden, participaria e que tinha como objetivo retomar o processo de paz no Oriente Médio em pleno conflito entre Israel e o grupo islamita palestino Hamas.

A cúpula será realizada "quando tiver sido tomada a decisão de parar a guerra e pôr fim a estes massacres", disse o ministro jordaniano das Relações Exteriores, Ayman Safadi, em alusão ao bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza, que deixou centenas de mortos.

Safadi, disse à Al Jazeera que era "do interesse de todos" adiar a reunião de cúpula planeada na Jordânia com o presidente dos EUA, na quarta-feira. "As pessoas esperariam que uma cúpula desta natureza fosse capaz de responder às suas exigências para acabar com esta guerra", disse Safadi sobre as conversações, que também deveriam incluir o Presidente palestiniano Abbas e os líderes da Jordânia e do Egito.

O bombardeio

Um bombardeio matou pelo menos 200 pessoas em um hospital na Faixa de Gaza, informou o Ministério da Saúde desse território palestino governado pelo movimento islamita Hamas.

"De 200 a 300 mártires" morreram no bombardeio do hospital Ahli Arab, na cidade de Gaza, e "centenas de pessoas estão sob os escombros", afirmou o ministério em um comunicado.

A Secretaria de Comunicação das autoridades do enclave denunciou um "crime de guerra". 

"O hospital abrigava centenas de doentes e feridos, assim como pessoas deslocadas à força", por causa dos bombardeios, disse o comunicado. 


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