Jornalista que revelou espionagem dos EUA deixa o The Guardian

O jornalista Glenn Greenwald, que revelou muitas das histórias de espionagem do governo dos Estados Unidos, anunciou nesta terça-feira que está deixando o jornal The Guardian, onde escreveu os artigos que sacudiram a diplomacia mundial. Ele explicou que está deixando o periódico inglês para perseguir um "projeto dos sonhos", com o lançamento de um novo veículo..

Americano vivendo no Brasil, Greenwald se recusou a adiantar os planos, salientando que, curiosamente, eles foram "vazados" prematuramente na mídia. "Minha parceria com o Guardian foi muito produtiva e recompensadora. Tenho muita admiração por editores e jornalistas com quem trabalhei e estou muito orgulhoso do que conquistamos", relatou Greenwald em comunicado.

"A decisão de sair não foi fácil, mas foi necessária diante de uma oportunidade única para um carreira, que nenhum jornalista poderia recusar", definiu o repórter. "Além de escrever e apurar, meu papel será de criar uma unidade de jornalismo completa desde sua fundação, recrutando jornalistas e editores que dividem os princípios e ética que define todo o novo veículo", destacou Greenwald.

Advogado por formação, Greenwald trabalhou com o ex-contratado da Agência Nacional de Segurança (NSA) dos EUA Edward Snowden. Eles elaboraram uma série de documentos que revelaram um vasto sistema de monitoramento eletrônico norte-americano, em parceria com o Reino Unido.