Juiz dos EUA determina fim imediato de espionagem telefônica da NSA

Juiz dos EUA determina fim imediato de espionagem telefônica da NSA

Programa de vigilância está marcado para terminar em 29 de novembro

AFP

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Um juiz dos Estados Unidos ordenou, nesta segunda-feira, o fim imediato do programa de espionagem telefônica praticado pela Agência de Segurança Nacional (NSA). É uma vitória simbólica aos críticos do esquema, que tem prazo para acabar. A decisão do juiz Richard Leon ocorre três semanas antes de a NSA concluir definitivamente seu programa de coleta "massiva de metadados telefônicos", no dia 29 de novembro.

Leon afirma, em um documento de 43 páginas, que apesar de o programa estar em processo de conclusão, ordenou seu cancelamento imediato "porque a perda de liberdades constitucionais, mesmo que por apenas um dia, implica em dano significativo". A American Civil Liberties Union recorreu à justiça para deter o programa de imediato, diante do período de transição disposto pelo Congresso para o fim dos "grampos" em massa sobre as telecomunicações.

Uma reforma aprovada pelo Congresso, batizada de USA Freedom Act, limitou o programa da NSA de obtenção de metadados sobre telefonemas, a mais criticada das medidas de espionagem em vigor do Patriot Act, adotado após os atentados de 11 de setembro de 2001.

A nova lei atribui a responsabilidade do armazenamento de dados às companhias telefônicas e só permite às autoridades ter acesso à informação com uma ordem judicial com base em ameaça concreta de terrorismo. O poder da NSA começou a ser questionado em 2013, quando o analista de inteligência Edward Snowden revelou um amplo programa de "grampos" da Agência envolvendo as companhias telefônicas e a Internet.

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