Justiça do Equador mantém prisão preventiva do ex-presidente Rafael Correa
Político alega perseguição política em processo sobre suposto sequestro
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O documento destaca que a apelação apresentada pela defesa de Correa "carece de sustentação jurídica". Em 3 de julho passado, uma juíza do CNJ decretou a prisão preventiva e ativou a Interpol visando a captura e a extradição de Correa, que se mudou para a Bélgica após o final de seu mandato, em maio de 2017.
A decisão foi adotada após o ex-presidente não cumprir a medida cautelar que o obrigava a se apresentar periodicamente em Quito. Caupolicán Ochoa, advogado de Correa, escreveu no Twitter que "não compreendemos a decisão dos juízes, já que não existem provas e as acusações são inconsistentes e contraditórias, o que revela perseguição política".
Correa, que governou o Equador entre 2007 e 2017, é acusado de associação criminosa e sequestro do ex-deputado Fernando Balda. Ex-deputado do Partido Sociedade Patriótica (PSP), Balda afirma que estava em Bogotá em 2012 quando cinco pessoas o colocaram a força em um automóvel, que a polícia colombiana interceptou frustrando o sequestro.
Pelo mesmo caso já estão detidos três agentes de Inteligência e um ex-comandante da Polícia, e há pedido de prisão contra um ex-chefe da Secretaria Nacional de Inteligência que está na Espanha e cuja extradição foi solicitada pelo Equador.