Justiça do Zimbábue considera legal intervenção do Exército

Justiça do Zimbábue considera legal intervenção do Exército

Tribunal de Harare foi acionado por dois cidadãos do país

AFP

Justiça do Zimbábue considera legal intervenção do Exército

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A Justiça do Zimbábue considerou neste sábado legal o golpe do Exército que levou à renúncia na terça-feira do presidente Robert Mugabe, estimando que esta intervenção visou impedir pessoas não eleitas de ocupar funções eletivas. "As ações das Forças de Defesa zimbabuenses destinadas a impedir que pessoas próximas ao ex-presidente Robert Mugabe usurpassem o poder foram constitucionais", estimou um tribunal de Harare, citado pela televisão nacional ZBC.

• Mnangagwa sucede oficialmente Mugabe como presidente do Zimbábue

O tribunal foi acionado por dois cidadãos do Zimbábue, segundo ZBC. Os militares assumiram o controle do país na noite de 14 a 15 de novembro para se opor à demissão do então vice-presidente Emmerson Mnangagwa, que barrava o caminho da primeira-dama Grace Mugabe para a sucessão de seu marido. Um porta-voz dos generais negou qualquer tentativa de golpe contra o governo, afirmando que sua operação destinava-se a eliminar "criminosos" da comitiva do chefe de Estado, neste caso, sua esposa Grace e seus apoiantes.

Posto sob prisão domiciliar, Robert Mugabe resistiu durante vários dias à pressão do exército, de seu partido e das rua, antes de apresentar sua renúncia na terça-feira, sob a ameaça de um processo de impeachment pelo Parlamento. Após um breve exílio sul-africano, Emmerson Mnangagwa prestou sermão na sexta-feira como presidente do país. Em seu discurso de posse, prometeu restaurar a economia, combater a corrupção e que as eleições programadas para 2018 seriam "livres e justas".

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