Justiça japonesa acusa Carlos Ghosn formalmente e prorroga a prisão preventiva
Novas investigações apontam que o executivo ocultou outros 4 bilhões de ienes
publicidade
• Promotoria de Tóquio investiga novas suspeitas contra Ghosn
Ghosn, 64 anos e ex-presidente da Nissan, está detido desde 19 de novembro. A justiça acusa o executivo franco-brasileiro de não ter declarado quase 5 bilhões de ienes (44 milhões de dólares) entre 2010 e 2015. As autoridades decidiram prolongar a prisão preventiva por suspeitas de que ocultou outros 4 bilhões de ienes nos últimos três anos.
A lei japonesa permite que os suspeitos sejam detidos em várias ocasiões por diferentes acusações, o que permite aos procuradores interrogá-los durante períodos prolongados.
• Ex-presidente do conselho da Nissan nega acusações
Esta segunda-feira era o último dia para que os promotores deixassem Ghosn e seu braço direito, Greg Kelly, sob custódia, antes da liberação ou acusação formal. A nova prisão preventiva permitirá interrogatórios durante mais 22 dias. Além das acusações contra Ghosn, o MP também acusou Kelly e a Nissan, já que os promotores consideram que a responsabilidade da empresa, que forneceu os relatórios incriminatórios às autoridades financeiras, também se viu comprometida.