Keiko Fujimori sai da prisão no Peru

Keiko Fujimori sai da prisão no Peru

Líder opositora estava detida preventivamente por supostamente interferir nas investigações do MP no escândalo da empreiteira Odebrecht

AFP

A líder opositora peruana Keiko Fujimori saiu nesta sexta-feira da prisão, após 13 meses detida por envolvimento no escândalo de subornos do grupo Odebrecht

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A líder opositora peruana Keiko Fujimori saiu nesta sexta-feira da prisão, após 13 meses detida por envolvimento no escândalo de subornos do grupo Odebrecht, por decisão do Tribunal Constitucional (TC), que acatou um recurso dos advogados da política mais poderosa do Peru. "Para mim foi o evento mais doloroso da minha vida", disse Keiko ao sair da prisão e abraçar seu marido, Mark Vito Villanella, diante de centenas de partidários e jornalistas.

"O TC corrigiu um dano que nos fizeram. Seguirei enfrentando esta investigação, como sempre o fiz", disse Keiko na saída da prisão. "Vou dar um tempo para reencontrar minha família", disse Keiko aos jornalistas sobre o que pretende fazer de imediato. "Depois decidiremos a segunda etapa da minha vida, mas é preciso deixar os ódios para trás". Os partidários receberam a política aos gritos de "Keiko Livre" e "Keiko presidente", em meio a aplausos.

O ítalo-americano Villanella realizava uma greve de fome há mais de duas semanas diante da prisão de Santa Mônica, ao sul de Lima, onde Keiko passou seus últimos 13 meses. Segundo o TC, a líder do partido Força Popular poderá permanecer em liberdade enquanto corre o processo.

Keiko, de 44 anos, considerada a pessoa poderosa do Peru entre 2016-2018, foi enviada à prisão preventiva em 31 de outubro de 2018 por supostamente interferir nas investigações do Ministério Público no escândalo da empreiteira Odebrecht - que confessou ter distribuído ilegalmente milhões de dólares entre membros da classe política peruana, entre eles, quatro ex-presidentes.

Para evitar mais interferências nas investigações, o promotor José Domingo Pérez solicitou ao tribunal 36 meses de prisão preventiva para a primogênita do ex-presidente peruano Alberto Fujimori (1990-2000). Em seguida, o período foi reduzido para 18 meses pelo Supremo Tribunal.


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