Líder das Farc quer negociar com novo presidente da Colômbia

Líder das Farc quer negociar com novo presidente da Colômbia

Juan Manuel Santos será empossado no próximo dia 7 de setembro

Agência Brasil

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A cinco dias da posse do novo presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, o principal líder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Alfonso Cano, propôs uma negociação com Santos. Cano elaborou uma agenda que inclui direitos humanos e direito internacional humanitário, além da situação dos chamados prisioneiros de guerra, reforma agrária e o modelo econômico do país.

Santos assume o governo no próximo dia 7. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da cerimônia de posse. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam. Em um vídeo, divulgado na última sexta-feira, Cano fez a proposta e negou que as Farc estivessem passando por um momento de fragilidade, como declararam autoridades colombianas.

O comandante do Exército da Colômbia, Óscar González, disse nesta segunda-feira que os grupos armados que atuam no país e nas fronteiras estão em um “processo irreversível” de descontrole. Segundo ele, a análise é resultado de dois anos de observações e atuação na gestão de militares.

Mas o general não detalhou as operações mais recentes que pretendem capturar Cano em uma área rural do departamento de Tolima. “(O grupo armado está) em um processo de deterioração irreversível. Sem comando nem controle nas comunicações”, revelou González.

Além de evitar mencionar as operações na região de Tolima, para capturar Cano, o general também não comentou as informações de que o líder das Farc seria "preso" em breve. “O estilo destes últimos 22 meses que estou no comando do Exército era falar somente com base nos resultados. Só falo base na realidade do país”, disse Gonzalez.

No vídeo, Cano negou que as Farc estivessem “no fim do fim”, como chegou a afirmar o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe. Desde 2002, no entanto, o movimento guerrilheiro recebeu alguns golpes, como o atentado que levou à morte o segundo no comando da guerrilha, Raul Reyes, em 2008.

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