Líder do Boko Haram promete impedir realização de eleições na Nigéria
Ao menos 38 pessoas morrem em atentado suicida no nordeste do país
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“Esta eleição não se realizará mesmo que nós sejamos mortos. Mesmo que não estejamos vivos, Alá nunca permitirá vocês de fazê-las”, disse Abubakar Shekau, no primeiro vídeo divulgado pelo grupo islâmico radical na rede social Twitter, sinal de uma mudança de estratégia na comunicação.
A comissão eleitoral anunciou, em 8 de fevereiro, o adiamento das eleições presidenciais e legislativas nigerianas por seis semanas, para 28 de março, devido a ataques do Boko Haram no Nordeste do país e a dificuldades logísticas. Shekau reivindicou também o ataque do fim de semana contra Gombe, capital regional no Nordeste do território, que os militares afirmam ter sido repelido.
O líder radical reivindica, pelo contrário, a vitória, afirmando que os seus combatentes venceram o Exército e libertaram rebeldes aprisionados. Mais de 40 pessoas morreram ontem na Nigéria em violentos combates e vários atentados, sobretudo no Nordeste do país, região sob constante ameaça dos islamitas do Boko Haram, mas também no Sul, até agora poupado pela violência pré-eleitoral.
Apesar das ameaças do líder do Boko Haram, os especialistas duvidam que o grupo islâmico consiga impedir a realização das eleições em todo o território. Em contrapartida, a votação poderá ser inviabilizada em parte do Nordeste do país, reduto do Boko Haram.