Líder do Comando Vermelho nega acusações de terrorismo no Paraguai

Líder do Comando Vermelho nega acusações de terrorismo no Paraguai

Marcelo Piloto denunciou corrupção da polícia local e salientou "códigos" da facção criminosa

AFP

Marcelo Piloto denunciou corrupção da polícia local e salientou "códigos" da facção criminosa

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Marcelo Piloto, o líder do "Comando Vermelho" preso no Paraguai por tráfico de drogas e com pedido de extradição para o Brasil, rejeitou nesta terça-feira a acusação de terrorismo apresentada pelas autoridades paraguaias. "Temos nossos códigos e isto se respeita até a morte. Sou um comerciante ilícito. Vendo armas, drogas, mas não sou terrorista. Isto é uma mentira", disse Piloto, cujo nome de batismo é Marcelo Pinheiro.

Em entrevista coletiva enquanto aguarda sua extradição para o Brasil, Marcelo Piloto negou qualquer relação com o carro-bomba descoberto pela polícia em uma operação no dia 24 de outubro em Puerto Franco, 350 quilômetros a leste de Assunção. Na operação, a polícia matou três brasileiros, supostos cúmplices de Marcelo Piloto.

Segundo as forças de segurança, o carro-bomba era parte de um plano para resgatar o narcotraficante do Agrupamento Especializado da Polícia, em Assunção. O equipamento foi detonado de forma controlada pela polícia. "Não tenho nada que ver com eles", frisou Piloto, desafiando as autoridades a apresentar provas contra ele. "Colocam meu nome, minha foto no diário e me acusam de terrorismo. Isto é inaceitável. O terrorismo em nossa facção (Comando Vermelho) não é aceito."

"O Paraguai é o país da impunidade e da corrupção", denunciou Marcelo Piloto, afirmando que pagou 200 mil dólares ao chefe de Investigações da polícia para que o protegesse da Polícia Federal brasileira. "Pagava para ter proteção. Tenho provas se interessar ao promotor", declarou Piloto sobre o comissário Abel Cañete.

O ministro paraguaio do Interior, Juan Villamayor, declarou que as acusações do narcotraficante contra as autoridades locais são uma tentativa de permanecer no país e evitar sua extradição.

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