Líder do Hamas diz que está perto de alcançar acordo de trégua com Israel

Líder do Hamas diz que está perto de alcançar acordo de trégua com Israel

Negociadores têm trabalhado para fechar um acordo que permita a libertação dos cerca de 240 reféns

AFP

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O líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse, nesta terça-feira (21), que o movimento islamista está perto de chegar a um acordo de trégua na guerra com Israel, segundo um comunicado publicado no Telegram. "Estamos perto de alcançar um acordo para uma trégua", declarou Haniyeh, segundo a postagem.

Segundo fontes do Hamas e da Jihad Islâmica, outro grupo armado palestino, os dois movimentos aceitaram um acordo que terão os detalhes anunciados pelo Catar e os mediadores. Israel não reagiu até o momento às declarações. Negociadores têm trabalhado para fechar um acordo que permita a libertação dos cerca de 240 reféns, a maioria israelenses, sequestrados em 7 de outubro, durante o ataque mais mortal da história de Israel.

Combatentes do Hamas também mataram cerca de 1,2 mil pessoas durante a incursão ao território israelense, a maioria civis. Em retaliação ao ataque, Israel lançou um bombardeio incessante contra a Faixa de Gaza e uma ofensiva terrestre, prometendo derrotar o Hamas e assegurar a libertação dos reféns. Segundo o governo do Hamas, no poder em Gaza, a guerra matou mais de 13.300 palestinos, milhares deles crianças.

O Catar, onde o Hamas tem um escritório político e Haniyeh está baseado, media intensas negociações. Catar, Egito e Estados Unidos trabalham em um acordo para tentar libertar os reféns sequestrados pelo Hamas em troca de uma trégua para a cercada e devastada Faixa de Gaza.

O primeiro-ministro do Catar, Mohammed ben Abdelrahmane Al-Thani, disse no domingo que um acordo para libertar alguns dos reféns em troca de um cessar-fogo temporário depende de questões práticas "menores". "Nunca estivemos tão perto de um acordo", afirmou o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby. "Estamos confiantes. Mas ainda resta trabalho por fazer".

Na segunda-feira, o presidente americano, Joe Biden, disse, em Washington, acreditar que um acordo para libertar os reféns estava próximo. "Eu acredito que sim", disse Biden, ao ser perguntado a respeito. Em seguida, o presidente cruzou os dedos em sinal de esperança em um desfecho positivo.

Duas fontes próximas das negociações disseram à AFP que um acordo provisório inclui uma trégua de cinco dias, que implicaria em um cessar-fogo no terreno e limites às operações aéreas de Israel no sul de Gaza. Em contrapartida, entre 50 e 100 reféns mantidos pelo Hamas e pela Jihad Islâmica - outro grupo de militantes palestinos - seriam libertados.

Entre estes estariam civis israelenses e de outras nacionalidades, mas não pessoal militar. Segundo a proposta de acordo, cerca de 300 palestinos seriam libertados de prisões israelenses, entre eles mulheres e crianças. A Casa Branca informou que as negociações se encontravam em um estágio de "finalização", mas se recusou a revelar mais detalhes para não comprometer um resultado bem-sucedido.

Separadamente, o Comitê Internacional da Cruz Vermelha informou na segunda-feira que sua presidente, Mirjana Spoljaric, viajou ao Catar para se reunir com Haniyeh "para avançar em questões humanitárias relacionadas com o conflito armado em Israel e Gaza". Em um comunicado, a organização sediada em Genebra informou que continuava "a apelar pela proteção urgente de todas as vítimas do conflito e pelo alívio da situação humanitária catastrófica na Faixa de Gaza". Também disse que "pediu persistentemente a libertação imediata dos reféns".


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