Líder dos "Coletes Amarelos" é preso na França
Eric Drouet foi detido por organizar uma manifestação não autorizada
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• "Coletes amarelos" tentam invadir casa de veraneio do presidente francês
"É preciso respeitar o estado de direito", declarou o ministro da Economia, Bruno Le Maire, nesta quinta-feira, falando à France Inter. "É normal que, quando a lei republicana não é respeitada, as conseqüências sejam pagas", acrescentou o ministro das Finanças, Gérard Darmanin, à televisão Cnews.
Várias dezenas de manifestantes se reuniram na tarde de quarta-feira diante de uma lanchonete do McDonald's perto do Arco do Triunfo para esperar a chegada de Drouet.
O movimento
Os "coletes amarelos" começaram em outubro como um movimento contra o aumento dos impostos sobre o combustível, mas rapidamente acrescentaram outras reivindicações que acabaram expandindo os protestos contra a política social e fiscal do governo de Emmanuel Macron.
Os manifestantes, que repetidamente ignoraram a lei que exige que se obtenha autorização prévia para se manifestar, enfrentaram regularmente as forças de ordem em Paris e outras cidades da França. Drouet já havia sido preso em 22 de dezembro durante o sexto sábado consecutivo de manifestações em Paris por "carregar uma arma proibida" - uma pedaço de pau - e será julgado por essa ofensa em 5 de junho.
O líder da esquerda radical, Jean-Luc Mélenchon, reagiu no Twitter a esta nova detenção. "Mais uma vez Éric Drouet é preso? Por quê?" Abuso de poder. A polícia política agora assedia os líderes do movimento dos Coletes Amarelos", protestou.
Um comentarista político da rede de informação contínua do BFM, Bruno Jeudy, disse que esta prisão corre o risco de transformar Drouet em um "mártir" precisamente no momento em que o movimento se dispersava e parecia perder força. Apenas 200 "coletes amarelos" participaram da última manifestação convocada na Champs Elysees para a véspera de Ano Novo.De nouveau Éric Drouet interpellé. Pourquoi ? Abus de pouvoir. Une Police politique cible et harcèle désormais les animateurs du mouvement gilet jaune. #GiletsJaunes — Jean-Luc Mélenchon (@JLMelenchon) 2 de janeiro de 2019
Em meados de dezembro, após semanas de violência, Macron tentou acalmar a revolta adiando o aumento de combustível e outras medidas destinadas aos trabalhadores e aposentados mais carentes.