Líder escocesa renuncia após decisão de suspender Parlamento britânico
Anúncio de Ruth Davidson é duro golpe para Boris Johnson que tenta aprovar Brexit
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A líder do Partido Conservador britânico na Escócia, Ruth Davidson, anunciou nesta quinta-feira sua renúncia, um duro golpe para o primeiro-ministro Boris Johnson após sua decisão de suspender o Parlamento até duas semanas antes da data prevista do Brexit.
Ao anunciar sua renúncia, Davidson fez referência ao "conflito" a respeito do Brexit". Favorável à permanência do Reino Unido na União Europeia e contrária a um Brexit sem acordo, a política que deu um novo impulso aos conservadores na Escócia também justificou sua decisão por motivos familiares.
Suspensão
Boris Johnson corre contra a oposição formada à proposta de saída do Reino Unido da União Europeia, e a aprovação de acordo que seja aceito pelo parlamento dos países membros do bloco. O primeiro-ministro não descarta efetivar saída sem que negociações sejam acolhidas. Neste contexto, Johnson solicitou à Rainha Elizabeth II que as sessões do parlamento sejam suspensas na segunda semana útil de setembro, duas semanas antes da data prevista para o Brexit.
O Parlamento de Westminster habitualmente entra em recesso de várias semanas em setembro, por ocasião das conferências anuais dos partidos políticos, mas este ano a suspensão será mais longa. O cenário deixaria pouco tempo aos deputados, que retornam de suas férias de verão em 3 de setembro, para tentar qualquer iniciativa legislativa destinada a evitar um Brexit sem acordo em 31 de outubro.
"A decisão de encerrar a atual sessão parlamentar - a mais longa em quase 400 anos e uma das menos ativas nos últimos meses - permitirá ao primeiro-ministro apresentar um novo programa nacional aos deputados para seu debate e escrutínio", afirma a nota. Também garantirá "que exista tempo suficiente antes e depois do Conselho Europeu (de 17 e 18 de outubro) para que o Parlamento continue examinando as questões do Brexit", completa.