Laudo oficial da morte de brasileira na Nicarágua omite detalhes importantes
Dados ocultados do documento dificultam identificação autor dos disparos
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As informações não registradas no laudo oficial são parte importante das investigações sobre as circunstâncias da morte de Raynéia, cujas versões estão em disputa pelos grupos pró e contra o governo de Daniel Ortega. O governo da Nicarágua afirma que a estudante brasileira foi morta por um vigilante noturno, o que indicaria o uso de uma arma de baixo calibre, como uma pistola.
Já os relatos de testemunhas indicam que um grupo de homens encapuzados teriam cercado o carro e disparado diversas vezes. No momento do anúncio da morte de Raynéia, Ernesto Medina, reitor da universidade onde ela estudava, afirmou que a brasileira tinha sido executada por paramilitares.
Em entrvista ao jornal La Prensa, o advogado do Cenidh (Centro Nicaraguense de Direitos Humanos), Gonzalo Carrión, questionou a atuação da polícia. "A instituição deixou de ser profissional há muito tempo. Não se pode ter certeza sobre seus comunicados", disse.
Carro desaparecido
Outro elemento importante das investigações é o carro onde Raynéia estava quando foi atacada. No entanto, até o momento, não há notícias do paradeiro do veículo. Os pais do namorado da brasileira relataram aos jornais locais que chegaram ao local do ataque pouco depois de serem avisados pelo filho, mas o veículo já tinha desaparecido.
Os pais do namorado da brasileira relataram aos jornais locais que chegaram ao local do ataque pouco depois de serem avisados pelo filho, mas o veículo já tinha desaparecido.Os pais do namorado da brasileira relataram aos jornais locais que chegaram ao local do ataque pouco depois de serem avisados pelo filho, mas o veículo já tinha desaparecido.
Enterro no Brasil
O laudo do IML também registra que o corpo está a disposição das autoridades da Embaixada do Brasil. Uma funcionária administrativa da embaixada já teria consultado o instituto para resolver os trâmites de traslado do corpo para Pernambuco.
Na quarta-feira, em entrevista à Rádio Nacional de Brasília, a mãe de Raynéia, Maria José da Costa, diz que espera poder enterrar a filha em sua terra natal. “Eu quero que ela volte o mais rápido possível para Pernambuco, para ter o enterro que merece”, disse a mãe.