Limusine da Mercedes usada por Hitler vai a leilão
Modelo Mercedes-Benz 770K Grosser foi potente símbolo de propaganda do Terceiro Reich
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Com a placa 1A 148461, o carro foi usado para levar Hitler em sua parada militar da vitória em Berlim, após a impressionante derrota da França, e em uma visita de Estado do fascista italiano, o ditador Benito Mussolini. Quando o conflito virou a favor dos Aliados, o veículo caiu em desuso na França e acabou confiscado pelas forças dos Estados Unidos. Aparentemente desconhecendo sua procedência, os americanos deixaram-no em uma garagem da Polícia Militar.
Após a guerra, passou brevemente pelas mãos de um dono particular na Bélgica, sendo então enviado para Greenville, nos EUA, e entregue ao Escritório de Veteranos de Guerras no Exterior da Carolina do Norte. Era usado para desfiles, levando autoridades e "Gold Star Mothers", como são chamadas as mães dos militares caídos em combate. A limusine mudou de proprietário mais algumas vezes nos EUA, sendo então vendida para um colecionador europeu em 2002, e para um bilionário russo, em 2009. O Worldwide Auctioneers não revelou a identidade do proprietário atual, mas o carro não teria sido vendido desde essa época. Jornais americanos afirmam que seu valor de venda por chegar a mais de US$ 1 milhão.
Em um post em sua página institucional, a casa que organiza a venda ressaltou que, " de modo algum, a proposta desse leilão é glorificar Hitler e suas políticas destrutivas". "É mostrar um dos mais notáveis carros do século, construído por pessoas talentosas e que representa o auge em expertise", justificou. "Mas também é uma homenagem à coragem em combate dos soldados americanos, que nos orgulhamos de mostrar nessa obra-prima de um ditador derrubado. E, acima de tudo, como uma lembrança de que nunca se deve permitir que o mal que esse carro representa possa acontecer", completou a casa de leilões. A instituição anunciou que 10% do valor de venda "será doado e usado para educar como e por que o Holocausto aconteceu e como, efetivamente, evitar essas atrocidades no futuro".