Lista de fiadores de segurança da Ucrânia conta com oito países

Lista de fiadores de segurança da Ucrânia conta com oito países

Acordo internacional poderia ajudar a selar a paz com a Rússia

AFP

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Após mais uma rodada de negociações de paz entre Ucrânia e Rússia, os representantes dos dois países consideraram que o encontro na Turquia gerou avanços importantes para o fim da guerra em território ucraniano. No encontro, porém, foram colocadas algumas condições, especialmente pelos dirigentes ucranianos. Uma delas fala do desejo de um acordo internacional para garantir a segurança do país. O acerto contaria com uma lista de oito países fiadores da situação: Estados Unidos, China, França e Reino Unido - membros do Conselho de Segurança da ONU -, e também Turquia, Alemanha, Polônia e Israel. 

Presente na reunião, o negociador ucraniano David Arakhamia reiterou a importância deste acerto entre os "fiadores". "Insistimos em um acordo internacional que seja assinado por todos os fiadores de segurança", afirmou. Conforme Arakhamia, o mecanismo de garantias permitiria que as outras nações pudessem atuar de forma análoga ao capítulo 5º da Otan". O dispositivo estabelece que um ataque contra um de seus membros é considerado uma agressão a todos os demais.

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Arakhamia comentou ainda que a possibilidade da Ucrânia adotar uma posição de neutralidade na região só avançaria com o mecanismo de garantia. "A Ucrânia aceitará um 'status' neutro, se o sistema de garantia de segurança funcionar", acrescentou. 

Para que essas garantias entrem em vigor o mais rápido possível, a Crimeia e os territórios de Donbass controlados por separatistas pró-Rússia seriam "excluídos temporariamente" do acordo, acrescentou o negociador. Arakhamia também considerou que, após as discussões desta terça-feira em Istambul, as condições são "suficientes" para um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.

A questão da "neutralidade" da Ucrânia está sendo profundamente estudada, segundo Zelensky. O governante declarou que está "disposto a aceitar" uma cláusula de negociação sobre "garantias de segurança e neutralidade e o status de desnuclearização" do Estado, uma exigência de Moscou.

A promessa russa 

A Rússia reduzirá "radicalmente" sua atividade militar perto de Kiev e Chernihiv, após negociações "significativas" entre as delegações dos dois países em Istambul, disseram os negociadores russos.

O chefe da delegação russa, Vladimir Medinksi, ainda falou sobre a chance de assinatura de um tratado entre Putin e Zelensky. "Após as discussões significativas de hoje (terça-feira) nós decidimos e propusemos uma solução, segundo a qual é possível a reunião dos chefes de Estado simultaneamente com a assinatura do tratado por parte dos ministros das Relações Exteriores", explicou Medinsky. "Com a condição de que se trabalhe rapidamente no acordo e se encontre o compromisso necessário, a possibilidade de chegar à paz estará muito mais perto", afirmou. 


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