Máfia da Calábria tem bens confiscados no valor de 2 bilhões de euros
Tribunal emitiu 28 ordens de prisão para criminosos que controlava sociedades em três países
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Trata-se de um dos golpes mais duros contra a organização criminosa encarregada de jogos de azar e apostas tanto na Itália, como no exterior, informou um comunicado do órgão fiscalizador de finanças, a Guarda das Finanças.
Durante a operação, foram confiscados os bens de 11 sociedades internacionais, 45 firmas que operam no território italiano e 1,5 mil salas de jogo, assim como inúmeros bens imóveis. O tribunal de Reggio Calabria (Sul) emitiu 28 ordens de prisão, entre elas inúmeros residentes na região da Calábria, assim como 23 ordens de prisão domiciliar.
O bando controlava sociedades na Áustria, Espanha e Romênia e tinha sua base em Malta, onde contava com licenças para operar nas Antilhas holandesas e no Panamá. "Trocavam de país segundo as facilidades para se evadir do fisco, mas mantinham sempre o eixo operacional central na Calábria", afirma o comunicado oficial.
"Reciclavam enormes somas de dinheiro ilícito", afirma a Guarda de Finanças, que cita Mario Gennaro como chefe da gigantesca rede de empresas italianas e estrangeiras com salas de jogos e apostas através da qual manipulava um fluxo de dinheiro considerável, principalmente porque não pagavam impostos. No total, foram realizadas cerca de mil revistas.
Há duas semanas, as autoridades italianas confiscaram bens no valor de mais de 1,6 bilhão de euros pertencentes a uma família de empresários sicilianos suspeitos de ter enriquecido com o apoio da máfia.
