Mãe de um dos terroristas do 11/9 acredita que o filho está vivo em Guantánamo

Mãe de um dos terroristas do 11/9 acredita que o filho está vivo em Guantánamo

Mohammed Atta foi reconhecido como um dos 19 sequestradores aéreos dos atentados

AFP

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A mãe de Mohammed Atta, um dos terroristas que sequestraram os aviões que atingiram as Torres Gêmeas de Nova Iorque em 2001, disse acreditar que o filho está vivo na prisão de Guantánamo, em uma entrevista ao jornal espanhol El Mundo. Bozaina Mohamed Mustafa Sheraqi afirmou ao jornal que Atta - amplamente conhecido como um dos organizadores dos ataques - foi vítima de um complô elaborado pelos Estados Unidos e que ele não fez nada de errado.

"Está vivo e esta é a mensagem que envio a meu filho. Acredito que está em Guantánamo. Filho, quero ver você antes de morrer. Já tenho 74 anos e vivo com a esperança de que você sobreviveu. Sei que nunca fez nada de errado e que jamais poderia ter feito isso que dizem por aí. Estou esperando o seu retorno. Eles (Estados Unidos) estão escondendo a verdade", garantiu ao jornal no Cairo, onde mora com as duas filhas. Ela também comentou que o governo americano "planejou o ataque para propagar que o islã é terrorismo. Escolheram pessoas com passaportes árabes para atribuir a responsabilidade e acusar, de passagem, nossos países e nos dividir", completou.

O jornal El Mundo afirma que esta é a primeira entrevista concedida por Bozaina desde 11 de setembro de 2001. A família de Atta repetiu diversas vezes que ele não teve qualquer relação com os ataques e que estava vivo. Depois que ele foi reconhecido como um dos 19 sequestradores aéreos do 11/9, seu pai - também chamado Mohammed Atta e que faleceu em 2008 - negou com veemência a acusação e chegou a afirmar que o filho havia ligado por telefone, de um local não divulgado, um dia depois dos ataques.

Mas após os atentados de Londres em 2005, o pai de Atta pareceu aceitar a perda do filho. Quando a CNN pediu uma entrevista, ele solicitou o pagamento de cinco mil dólares, de acordo com o jornal espanhol. A entrevista nunca foi realizada.

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