Médico de Serra Leoa morre de ebola em hospital norte-americano

Médico de Serra Leoa morre de ebola em hospital norte-americano

Martin Salia foi infectado na África e transferido no sábado para os EUA

AFP

Salia estava em estado extremamente crítico quando chegou aos Estados Unidos

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O médico de Serra Leoa infectado com o vírus ebola que estava em tratamento desde sábado nos Estados Unidos morreu nesta segunda-feira, anunciou em um comunicado o Nebraska Medical Center. "Temos o imenso pesar de anunciar que o terceiro paciente que tratamos por ebola, o médico Martin Salia, morreu devido a complicações da doença", indica o estabelecimento que havia informado no domingo que ele estava "gravemente doente".

"Apesar dos esforços 'heroicos', a doença estava em um estágio muito avançado e não conseguimos salvá-lo", lamentou o hospital, que convocou uma coletiva de imprensa ainda nesta segunda-feira. O Dr. Martin Salia, que trabalhava no hospital Connaught em Freetown, foi o primeiro cidadão de Serra Leoa com ebola a ser repatriados para os Estados Unidos, que trataram nove pessoas, a maioria depois de contrair a doença na África.

O Nebraska Medical Center, especialmente equipado para tratar pacientes infectados com o vírus, já havia tratado dois pacientes com a doença que sobreviveram. "O dr. Salia estava em estado extremamente crítico quando chegou aqui e, infelizmente, apesar dos nossos esforços, não fomos capazes de salvá-lo", declarou o Dr. Phil Smith, diretor médico
da unidade especializada.

De acordo com o hospital, Salia sofria de insuficiência renal e respiratória em sua chegada aos Estados Unidos. Colocado em diálise e respirador artificial, além de receber tratamentos para ajudar seu organismo a lutar contra o vírus, ele também recebeu no sábado o plasma de um doador curado da doença não identificado e o ZMapp, soro experimental que ainda está sendo testado. "Usamos todos os tratamentos disponíveis para dar todas as chances de sobrevivência ao Dr. Salia", observou o Dr. Smith. "Como aprendemos, o tratamento precoce dos pacientes é essencial."

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