Madri fecha 1.300 postos de votação para referendo da Catalunha

Madri fecha 1.300 postos de votação para referendo da Catalunha

Representante do governo da Espanha acrescentou que 163 desses locais estão ocupados por ativistas

AFP

Representante do governo da Espanha acrescentou que 163 desses locais estão ocupados por ativistas

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A Polícia isolou mais da metade dos 2.300 postos de votação na Catalunha, onde as autoridades separatistas pretendem realizar neste domingo um referendo desautorizado pela Justiça espanhola - informou neste sábado o representante do governo da Espanha nessa região, Enric Millo.

"Dos 2.315 postos de votação (...) 1.300 já foram interditados" pela Polícia catalã, disse Millo, em Barcelona, à imprensa estrangeira. Millo acrescentou que 163 desses locais estão ocupados por ativistas, "que estão fazendo, com toda paz e civicamente, atividades culturais, ou esportivas", e aos quais será permitido sair, embora ninguém mais possa entrar.

"Portanto, em 90% dos centros isolados, não há ninguém dentro", frisou, reconhecendo que se trata de um processo longo e que, entre os mil centros ainda por fechar, pode haver dezenas ocupados. Em um esforço para desmantelar a logística de um plebiscito proibido, a Justiça espanhola ordenou o fechamento de escolas, centros cívicos e outros locais escolhidos para a votação.

Também se ordenou que a Polícia monitore a entrada de material eleitoral nesses postos e, se isso acontecer, a determinação é para sua apreensão. A decisão colocou contra a parede a Polícia regional catalã, os Mossos d'Esquadra - subordinada ao governo separatista, mas obrigada a fazer respeitar as decisões judiciais. 

Desde que, na última sexta à noite, grupos de cidadãos decidiram ocupar as seções eleitorais na tentativa de impedir seu fechamento, os Mossos passaram por esses locais, informando-os de que deveriam sair até as 6h (1h, horário de Brasília) de domingo. Os agentes catalães receberam ordens para não recorrer à violência.

"Convidamos as pessoas que estão dentro desses lugares a saírem", insistiu Millo. "Não acreditamos que seja necessário" retirá-las à força, completou. Ele admitiu, porém, que, no domingo de manhã, se houver "atos de desobediência", os policiais deverão decidir como agir, respeitando "a proporcionalidade".

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