Maduro acusa Colômbia de manobra para "iniciar conflito militar" com Venezuela
Presidente venezuelano acusou o governo vizinho de apoiar líderes guerrilheiros
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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, acusou nesta terça-feira o governo da Colômbia de utilizar a mobilização de dissidentes da extinta guerrilha das Farc para uma "manobra" visando "começar um conflito militar" entre os dois países, e decretou "alerta" na fronteira.
"O governo da Colômbia não apenas meteu a Colômbia em uma guerra que recrudesce, mas agora pretende uma armação para agredir a Venezuela e começar um conflito militar contra nosso país", disse Maduro, acusado por Bogotá de apoiar líderes guerrilheiros. O presidente fez a advertência em um ato no qual ordenou à Força Armada a declarar "alerta" na fronteira com a Colômbia diante da "ameaça de agressão".
Retomada do diálogo
Nessa segunda-feira, a oposição venezuelana disse estar preparada para retomar o diálogo com o governo de Nicolás Maduro, passando para o governo a responsabilidade de decidir se volta à negociação, estagnada desde agosto. "Hoje nós estamos preparados para discutir o substantivo, para discutir as respostas, acabar com o sofrimento do povo", declarou em entrevista coletiva Stalin González, membro da comitiva opositora na negociação.
Delegados de Maduro e do líder opositor Juan Guaidó, reconhecido como presidente encarregado por cerca de 50 de países, negociavam desde maio com a mediação da Noruega. Em 7 de agosto, porém, o presidente socialista suspendeu sua participação na mesa, rejeitando novas medidas que congelaram os ativos do governo venezuelano nos Estados Unidos, o que se somou a um embargo petroleiro de Washington.