Maduro apresenta "novo mapa" da Venezuela com incorporação de região da Guiana

Maduro apresenta "novo mapa" da Venezuela com incorporação de região da Guiana

Mandatário até ordenou que petrolífera conceda licenças para exploração de recursos em Essequibo

Correio do Povo e AFP

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, mostrou nessa terça-feira que segue com a intenção de tentar anexar a província de Essequibo, da Guiana, à Venezuela. O mandatário apresentou o que seria o "novo mapa" do território venezuelano com a incorporação do território vizinho, rico em petróleo. 

A apresentação do mapa ocorreu durante um discurso na assembleia do Conselho Federal do governo, no palácio presidencial, em Caracas. Maduro fez um discurso ao lado do presidente da Assembleia Nacional Bolivariana, Jorge Rodríguez. 

Maduro ordenou à estatal petrolífera PDVSA a concessão de licenças para a exploração de recursos na região do Essequibo, a área disputada com a Guiana, onde Georgetown autorizou a operação de empresas petrolíferas estrangeiras e locais.

O presidente da Guiana, Irfaan Alí, reagiu e afirmou que as declarações de Maduro são uma "ameaça direta" contra seu país. Ele rejeitou as medidas anunciadas pelo chefe de Estado venezuelano sobre o território de Essequibo.

"Esta é uma ameaça direta à integridade territorial, à soberania e à independência política da Guiana", disse Ali pouco depois do discurso de Maduro sobre licenças de exploração na região de Essequibo.

Durante uma reunião com o alto escalão de seu governo, Maduro instruiu a criação da "divisão PDVSA-Essequibo" e a concessão "de imediato de licenças operacionais para a exploração de petróleo, gás e minerais em toda a área".

Ali anunciou que levará "o assunto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas para que o organismo adote as medidas apropriadas". Também disse que entrou em contato com secretário-geral da ONU, António Guterres, e o Comando Sul dos Estados Unidos para informá-los sobro o ocorrido.

"Não permitiremos a violação do nosso território, nem que o desenvolvimento do nosso país seja prejudicado por esta ameaça desesperada", disse Ali.


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