Maduro diz que denunciará campanha xenófoba a venezuelanos na ONU
É estimado que entre 400.000 e 500.000 venezuelanos tenham deixado o país nos últimos dois anos
publicidade
Maduro admitiu que "há uma migração" forçada pelo que denominou de uma "guerra econômica", mas disse acreditar que será "momentaneamente", pois "quando recuperarmos a tranquilidade e a prosperidade, muitos voltarão porque a Venezuela é a Venezuela", declarou. O presidente venezuelano costuma atribuir a crise no país petroleiro, refletida em uma severa escassez de produtos e uma inflação que atingiria os 13.000% em 2018, a uma "guerra econômica", promovida por "setores da direita" e dos Estados Unidos. "Há campanhas xenófobas parecidas às que fazia o regime nazista contra os judeus", assegurou, ao afirmar que tudo isso é "produto da campanha enlouquecida de guerra psicológica" de um setor da oposição e "da direita no mundo". "Falar mal da Venezuela no mundo o consideram uma moda", acrescentou.
Diante da onda migratória, o presidente instruiu seus funcionários a "dar atenção integral, através do carnê da pátria (cartão eletrônico para obter subsídios) aos venezuelanos que vivem no exterior, são nossos irmãos, vamos dar-lhes todos os direitos sociais". Especialistas estimam que entre 400.000 e 500.000 venezuelanos tenham deixado o país nos últimos dois anos. De 2,2 milhões de emigrantes, 96% saíram a partir de 1999, quando o ex-presidente Hugo Chávez, falecido em 2013, chegou ao poder.