Maduro ordena ocupação de rede de lojas acusada de "guerra alimentar"

Maduro ordena ocupação de rede de lojas acusada de "guerra alimentar"

Presidente da Venezuela deu instruções para que sejam detidos os diretores e donos da empresa

AFP

Maduro ordena ocupação de rede de lojas acusada de guerra alimentar

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O presidente Nicolás Maduro ordenou que uma rede de lojas de alimentos e de produtos domésticos com 36 sucursais, acusada por ele de fazer uma guerra alimentar, seja ocupada por autoridades governamentais. "Dei ordens precisas ao vice-presidente de segurança e soberania alimentar para que estas lojas sejam ocupadas na madrugada dessa terça-feira e o serviço ao povo da Venezuela seja regularizado", disse Maduro na noite de segunda-feira.

O presidente não quis citar o nome da rede e limitou-se a apontar que é de caráter popular, com 36 lojas de produtos alimentícios e de higiene em setores populares de seis cidades do país. Meios de comunicação locais afirmam que se trata da rede "Día a Día". Também deu instruções para que "sejam detidos os diretores e donos desta empresa para que sejam investigados por envolvimento em uma guerra alimentar contra o povo".

A ocupação ocorre num momento em que a escassez de alimentos e de todo tipo de produtos se intensifica e é comum ver filas intermináveis, e por vezes tumultos, em estabelecimentos comerciais. A ocupação será realizada, disse o presidente, "em fiel cumprimento da Constituição e da lei de segurança alimentar", mas não detalhou se as forças de ordem serão mobilizadas.

Maduro batizou a ocupação como "operação Sucre", já que coincide com o nascimento do herói independentista venezuelano Antonio José de Sucre, celebrado nesta terça-feira.

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