Maduro propõe antecipar eleições parlamentares para este ano

Maduro propõe antecipar eleições parlamentares para este ano

Venezuela vive uma grave crise política e desde 23 de janeiro conta com dois presidentes

AFP

Maduro propõe antecipar eleições parlamentares para este ano

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O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu neste sábado uma proposta da governista Assembleia Constituinte de antecipar de 2020 para este ano as eleições para renovar o Parlamento, de maioria opositora, chefiado pelo autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó.

A Constituinte avalia convocar "uma antecipação das eleições parlamentares este mesmo ano (...) Eu estou de acordo e me comprometo com esta decisão", disse Maduro em um palanque no encerramento de uma manifestação de seus seguidores em Caracas.

O Parlamento é o único poder que a oposição controla no país petroleiro, depois da esmagadora vitória que obteve nas eleições de dezembro de 2015, origem do atual conflito de poderes. "Querem um adiantamento das eleições? Vamos para eleições!", afirmou Maduro diante de seus partidários, assegurando, contudo, que poderia convocar essa votação em consenso com a oposição "em um diálogo".

Guaidó negou qualquer possibilidade de empreender "um falso diálogo" com o governo socialista, e advertiu que só aceitará "uma negociação" para acordar termos de uma transferência de poder e eleições "livres". Maduro descartou a realização de presidenciais, ao assegurar que haviam acabado de ser celebradas, em maio de 2018, quando foi reeleito em um processo boicotado pelos principais partidos opositores por considerá-lo fraudulento.

O conflito se intensificou quando Guaidó se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro - reconhecido pelos Estados Unidos, por vários países da América Latina e, desde quinta-feira, pelo Parlamento Europeu -, depois que o Legislativo declarou Maduro "usurpador", ao iniciar seu segundo mandato, em 10 de janeiro. Desde que a oposição assumiu a maioria no Parlamento, no início de 2016, todas as decisões da Câmara são consideradas nulas pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) - de linha governista -, que a declarou em desacato.

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