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Especial

Mais de 100 pessoas são detidas no Irã por intoxicação de alunas

Autoridades afirmaram que mais de 5 mil estudantes foram afetadas em quase 230 escolas

| Foto: Ed Jones / AFP / CP

Mais de 100 pessoas foram detidas no Irã no âmbito da investigação sobre as intoxicações que afetaram milhares de alunas em escolas, um caso que chocou o país, anunciou o ministério do Interior em um comunicado divulgado pela agência oficial Irna.

O ministério explicou que entre os detentos, alguns tinham "motivação hostil" com o objetivo de "criar um clima de medo entre as estudantes e provocar o fechamento das escolas". Sem revelar mais detalhes, a pasta informou que as detenções aconteceram em várias províncias, incluindo Teerã e Qom (norte).

As autoridades também mencionaram "possíveis vínculos com organizações terroristas" e cita os Mujahedines do Povo do Irã (MEK), um movimento no exílio, com sede na Albânia. Desde o fim de setembro, muitas escolas para meninas registraram casos de intoxicação, com gás e substâncias tóxicas, que provocaram náuseas, problemas respiratórios e desmaios entre as alunas. Algumas precisaram ser hospitalizadas.

As autoridades afirmaram que mais de 5 mil alunas foram afetadas em quase 230 escolas, em 25 das 31 províncias do país. O comunicado informa que desde a semana passada o número de incidentes "diminuiu de forma significativa" e não foram registrados novos casos.

A onda de intoxicações provocou uma grande comoção no país. As famílias se mobilizaram e exigira uma reação do governo. Em 6 de março, o guia supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, chamou os envenenamentos de "crimes imperdoáveis" e pediu "sentenças severas", inclusive a pena de morte, contra as pessoas responsáveis pelos envenenamentos. 

Os primeiros casos de intoxicação foram registrados dois meses após o início dos protestos em todo o país pela morte, em 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma jovem de 22 anos que faleceu sob custódia da polícia da moralidade depois de ser presa por supostamente violar o código de vestimenta do país.

AFP