Mais de 150 imigrantes se afogam no Mar Mediterrâneo
Maioria dos passageiros era da África Ocidental
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O barco deixou Gasr Garabulli na Líbia dia 17 à noite e começou a afundar cerca de 10 a 11 horas depois, disse o porta-voz da OIM, Flavio Di Giacomo. Dez passageiros eram mulheres e dois eram crianças. Os três imigrantes resgatados estavam sendo tratados por hipotermia em um hospital na ilha italiana de Lampedusa.
A Marinha disse que viu três cadáveres no mar quando resgatou os três sobreviventes. Um avião da patrulha naval italiana tentou ajudar os imigrantes depois de identificar o bote na sexta-feira, disse o contra-almirante Fábio Agostini. Mas a aeronave foi forçada a sair devido à falta de combustível, segundo ele. O grupo de apoio alemão Sea Watch informou ter resgatado 47 imigrantes de um barco inflável nesse sábado.
Na Itália, o presidente Sergio Mattarella expressou sua "profunda tristeza pela tragédia ocorrida no Mediterrâneo". O primeiro-ministro Giuseppe Conte disse estar "chocado" com o incidente e que a Itália continuará lutando contra os traficantes de pessoas no norte da África. O ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, disse que as mortes relatadas são "prova" de que a política da Itália de impedir navios que transportam migrantes de atracar nos portos italianos está funcionando.
A Europa registrou, apenas nos 16 primeiros dias deste ano, a chegada de 4.449 imigrantes, a maioria por via marítima. No ano passado, no mesmo período, o número era 2.964.