Mais de 360 pessoas são detidas na Rússia em protestos contra mobilização militar

Mais de 360 pessoas são detidas na Rússia em protestos contra mobilização militar

Presidente decretou uma mobilização parcial dos reservistas russos para a ofensiva na Ucrânia

AFP

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Pelo menos 364 pessoas foram detidas nesta quarta-feira (21) em toda a Rússia em manifestações contra a mobilização parcial para a ofensiva na Ucrânia anunciada horas antes pelo presidente Vladimir Putin, informou uma ONG. De acordo com a OVD-Info, organização que monitora as detenções de opositores, as mobilizações aconteceram em pelo menos 23 cidades do país.

Jornalistas da AFP em Moscou testemunharam ao menos 50 pessoas detidas em uma das avenidas centrais da capital. Em São Petersburgo, a segunda cidade da Rússia, a polícia levou um ônibus repleto de detidos.

Os manifestantes gritavam "Não à guerra!" e "Não à mobilização!".

"Todo o mundo tem medo. Sou a favor da paz e não quero ter que atirar. Mas é muito perigoso sair agora, se não teria muito mais gente", disse um manifestante de São Petersburgo, Vasily Fedorov, um estudante que usava um emblema da paz no peito.

Alexei Zavarki, de 60 anos, lamentou a resposta da polícia às manifestações.

"Vim para participar, mas parece que já levaram todo o mundo", disse. "Não sei aonde vamos, este governo assinou sua sentença de morte, destruiu a juventude", lamentou.

Em um discurso à nação nesta quarta-feira, Putin decretou uma mobilização parcial dos reservistas russos para a ofensiva na Ucrânia e afirmou que está disposto a usar "todos os métodos" de seu arsenal contra o Ocidente.


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