Mais de mil pessoas protestam contra passaporte sanitário em Barcelona
Os manifestantes marcharam pelo centro da cidade carregando uma faixa que dizia "Passaporte sanitário = Estado totalitário"
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Entre 1 mil e 1,5 mil pessoas se reuniram neste sábado em Barcelona, na Espanha, para protestar contra o passaporte sanitário, que é exigido desde outubro na região autônoma da Catalunha, informou a polícia local. Os manifestantes marcharam pelo centro da cidade carregando uma faixa que dizia "Passaporte sanitário = Estado totalitário", conforme presenciou um jornalista da AFPTV.
Outros manifestantes portavam cartazes que diziam "Não ao passaporte nazista", "governos e sanitaristas = assassinos" e "Passaporte Covid: ditadura", com uma imagem que comparava um QR Code e uma suástica.
"Não é uma pandemia, é uma ditadura", gritavam os manifestantes.
As mobilizações contra as restrições sanitárias não são muito habituais na Espanha, porém, neste sábado, entre 1 mil e 1,5 mil pessoas compareceram à marcha, segundo a polícia e os organizadores, que acontece pela segunda semana consecutiva. Os manifestantes querem agora que a mobilização aconteça todos os sábados, "até que, por amor à vida e à liberdade, seja revogado" o passaporte sanitário.
Na Espanha, a saúde é de competência das autoridades regionais, por isso as decisões de enfrentamento da pandemia são tomadas em nível local. O país apresenta una taxa de vacinação muito mais alta que a de seus vizinhos franceses e italianos, com 91,4% da população maior de 12 anos totalmente vacinada. Por isso, o governo havia descartado implementar um passaporte sanitário nacional para permitir o acesso a lugares abertos ao público.
No entanto, desde outubro e devido ao aumento dos contágios, diversas regiões do país mudaram de opinião. Assim como a maioria dos países da Europa, a Espanha enfrenta uma nova onda de Covid-19. Segundo os últimos dados publicados na sexta-feira, a taxa de incidência no país é de 323 casos por cada 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.